19 de fevereiro de 2016
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Embora a zika tenha contribuÃdo para a declaração de emergência internacional e o Ministério da Saúde tenha tornado compulsória a sua notificação, o principal teste para diagnosticar o vÃrus ainda não entrará no rol de cobertura obrigatória dos planos de saúde privados, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Na rede privada, a realização do teste genético do tipo PCR custa cerca de R$ 1,6 mil. Na rede pública, pelo menos 16 laboratórios fazem a análise no Brasil. Em São Paulo, a demanda fica concentrada no Instituto Adolfo Lutz. De acordo com a ANS, a justificativa para não incluir os testes por PCR no rol é que eles ainda não estão plenamente disponÃveis. Em nota, o órgão afirma que os exames especÃficos existentes para diagnóstico tiveram autorização para comercialização no inÃcio deste mês.
“Esses exames ainda não estão amplamente disponÃveis na rede de laboratórios, somente sendo possÃvel sua realização em alguns estabelecimentos referenciados”, diz a agência. Outro argumento é que o teste só funciona nos primeiros dias da infecção, enquanto os sintomas estão ocorrendo, o que reduziria sua utilidade para a maior parte dos pacientes. A ANS afirmou também que “está acompanhando atentamente as diretrizes do Ministério da Saúde para prevenção e combate ao vÃrus e adotará todas as medidas necessárias para o enfrentamento dessa situação crÃtica, inclusive no que diz respeito à revisão do rol de procedimentos”. Na opinião do biólogo José Eduardo Levi, professor da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do Departamento de Biologia Molecular do Hemocentro de São Paulo, os planos deveriam cobrir os testes.