
Tensão eleitoral volta a movimentar a política baiana. O deputado federal João Leão (PP) afirmou que o grupo governista repete, com o senador Ângelo Coronel (PSD), a mesma estratégia que o deixou de fora da chapa majoritária em 2022. Declaração do pepista expôs insatisfação com o tratamento dado ao senador.
Leão afirmou que Coronel estaria sendo preterido nas negociações conduzidas por Jaques Wagner, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues. “Prometeram o céu e depois me deixaram fora do jogo”, disse, ao comparar o cenário atual com o de dois anos atrás. Movimentação interna pode levar o PT a montar uma chapa puro-sangue.
Caso Coronel seja retirado da majoritária, o grupo governista pode ir às urnas com Rui Costa, Wagner e Jerônimo, reforçando domínio interno do partido. Avaliação de Leão aponta perda de espaço para Coronel. Ele citou ainda a disputa com o MDB, que pressiona pela manutenção de Geraldo Júnior como vice. “Geddel não aceita perder a vice. Está uma confusão total. Do nosso lado não tem briga”, declarou.
Cenário no PP também entrou na conversa. Leão afirmou que parlamentares que cogitavam retornar à base governista estão recuando. Segundo ele, “um bocado” já teria desistido da ideia após avaliar melhor a movimentação política. Alinhamento futuro também foi confirmado. Leão garantiu que ele e Cacá Leão marcharão ao lado de ACM Neto (União Brasil) nas eleições de 2026.
O deputado acredita que outros quadros do PP acompanharão a decisão. Prefeito de Jequié, Zé Cocá, foi citado como possível retorno ao governo. Leão descartou a hipótese e disse não ver sinais de mudança. “Não acredito que Zé Cocá vá sair do meu lado”, concluiu.