
Erro cometido no Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho, em Irecê, provocou uma situação devastadora para uma família. Uma mãe que sofreu aborto espontâneo descobriu que havia sepultado o feto errado após a unidade liberar, no dia 14 de novembro, um corpo que não era o de seu bebê.
Confusão foi percebida apenas no dia seguinte, quando um funcionário do hospital ligou para os pais e pediu que retornassem com urgência. Ao chegar à unidade, o casal foi informado de que o feto entregue para o enterro não correspondia ao registrado em seus documentos.
Relato da mãe mostra a dimensão do trauma. Ela contou que fez o reconhecimento visual, mas que os fetos eram muito semelhantes. “Eram idênticos, do mesmo mês gestacional e do mesmo tamanho. O erro foi do hospital, porque no documento constavam meu nome, a data e o horário. Meu bebê estava no congelador, e o da outra mãe não estava”, afirmou.
Exumação foi autorizada pela família. O feto sepultado inicialmente foi retirado, e o bebê correto pôde ser enterrado em um novo procedimento. Momento, segundo parentes, foi marcado por dor e indignação. Investigação foi aberta pela Polícia Civil. Delegacia de Polícia Civil já começou a ouvir testemunhas e apurar como ocorreu a troca. Caso foi registrado no sábado (15).
Sindicância também foi iniciada pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Pasta informou que o hospital, administrado pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), identificou uma falha na etapa de conferência da identificação do natimorto. Medidas foram adotadas imediatamente após a constatação do erro.
Hospital acionou a polícia, localizou as famílias e o cemitério, realizou a troca dos corpos e prestou assistência aos envolvidos. Colaboradora responsável pela liberação foi afastada preventivamente. Compromisso de reforçar os protocolos foi anunciado pela Sesab. Orientação é ampliar a segurança nas etapas de identificação para impedir que um episódio semelhante volte a ocorrer.