O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, é nome certo na chapa majoritária que terá o governador Rui Costa na cabeça disputando a reeleição. Os dois petistas ocupam duas das quatro vagas da composição, e juntam-se a eles, na distribuição atual das peças no “tabuleiro”, João Leão (PP) e Angelo Coronel (PSD). Engana-se quem pensa que os outros partidos da base estão acomodados. O PR, por exemplo, flerta com o deputado federal Ronaldo Carletto, do PP, que promete levar consigo para o Partido da República um sem número de deputados estaduais e federais de modo que possa aumentar a capacidade de barganha por um lugar na chapa majoritária. Para o ex-governador Jaques Wagner, este não é um problema ruim. “Nós estamos com um bom problema. O grupo é competitivo. A candidatura de Rui, seguramente, é competitiva. Eu tenho andado pelo interior e a receptividade e aprovação da gestão dele é vista e isso vai se transformar em desempenho eleitoral com certeza”. Articulador político, Wagner diz que “temos quadros dos partidos aliados e do PT que têm condição de disputar. Coisa que eu não vejo em outro agrupamento que está sendo firmando. Pelo contrário, as pessoas estão procurando candidato. As pessoas têm maturidade, o grupo é muito unido para ter uma equação que seguramente não vai deixar todo mundo feliz, mas será uma equação que as pessoas absorvam as decisões sem dúvidas de que foram discutidas”. Presente na Assembleia Legislativa da Bahia na manhã desta segunda-feira (27), o secretário voltou a afirmar que pesquisa de intenção de voto nesta distância da eleição é temerária. “Pesquisa boa ou ruim para mim ou para o meu candidato a esta distância de 11 meses não é fiel. O processo de decisão das pessoas, ainda mais com o dinamismo do processo eleitoral, fica mais a 45 dias da eleição. Mesmo em questão à presidencial eu não sei se a fotografia vai se manter essa onde nenhum dos candidatos das oposições mais tradicionais ao nosso governo aparece com pontuação mais significativa. Até agora só tem Lula, Bolsonaro, Marina, o Ciro um pouco. Eu não acho que este quadro vai se estabelecer desta forma”. Questionado sobre uma eventual candidatura à presidência da República caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja impedido de concorrer em função de decisão judicial, Wagner afirma que enxergar esta possibilidade. “Estou trabalhando minha candidatura ao Senado e estou trabalhando a candidatura do presidente Lula. Eu não tenho dúvida de que a cada dia está ficando mais estreito o caminho daqueles que querem interditar a sua candidatura. Manifestações que vem de gente do direito internacional contra essa coisa quase que obsessiva de condená-lo. Você não acha nenhuma conta dele, não acha nenhum sinal de riqueza. Não acha nada. Virou piada o negócio do sítio. Penso que ficou tão claro isso que talvez seja esta a razão de ele estar subindo nas pesquisas. O povo não concorda com a perseguição”.