Vitória da Conquista amanheceu em alerta nesta terça-feira (18) após a exoneração inesperada do delegado Odilson Pereira Silva, responsável pela Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). A saída abrupta gerou forte repercussão, indignou moradores e acendeu suspeitas sobre possíveis pressões externas.
Comunidade policial e população reagiram imediatamente, já que Odilson é considerado um dos nomes mais eficientes no combate ao crime patrimonial na região. Durante os dois anos e meio no comando da DRFR, ele se destacou com investigações firmes, operações robustas e resultados expressivos que reduziram furtos, roubos e esquemas criminosos no sudoeste baiano.
Operações conduzidas pela equipe dele alcançaram repercussão regional e nacional, com desarticulação de quadrilhas especializadas, apreensões milionárias e prisões de grande impacto. Entre os alvos estavam grupos ligados a fraudes no DETRAN-BA, furtos de equipamentos hospitalares, golpes de falso consórcio, agiotagem, extorsão e receptação de cobre.
Cresce nos bastidores a leitura de que o trabalho incômodo do delegado pode ter atingido interesses poderosos. A ausência de explicações oficiais, até o momento, alimentou especulações de que a mudança não teria sido apenas administrativa. Há quem acredite que alguma investigação sensível possa ter esbarrado em figuras influentes da política local.
Mensagens de apoio tomaram conta das redes sociais, onde moradores destacaram a postura firme do delegado e o impacto positivo de sua atuação na segurança pública. Muitos manifestaram preocupação com a possibilidade de interferência política afetar o combate ao crime patrimonial na cidade.
Polícia Civil da Bahia ainda não divulgou o novo nome para assumir a DRFR, o que intensificou o clima de incerteza. Enquanto isso, a exoneração continua sendo tema central nas rodas de conversa e reacende o debate sobre autonomia das investigações no estado.