Após evento com Tarcísio, prefeito de Luís Eduardo Magalhães reduz apoio a Jerônimo e prega “cautela” para 2026

Depois de retornar de um evento em São Paulo ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP), recuou da sinalização anterior de apoiar Jerônimo Rodrigues (PT) em 2026. Mudança reacende o debate sobre o enfraquecimento do PT no Oeste baiano e a reorganização das forças oposicionistas no estado.

Durante entrevista à rádio Sociedade, nesta quarta-feira (19), Marabá declarou que o cenário político ainda é “incerto”, tanto nacional quanto estadual, e defendeu prudência antes de firmar alianças. Ele participou dias antes de um encontro do G4 Valley, em São Paulo, onde ouviu Tarcísio discursar sobre o cenário federal – movimento que tem aproximado prefeitos alinhados à direita.

Fala do prefeito ocorre no momento em que a pré-candidatura presidencial de Tarcísio ganha força e pode encontrar palanque na Bahia com ACM Neto (União Brasil). Alinhamento entre ambos aponta para uma possível recomposição da oposição baiana, que tenta capitalizar o desgaste da gestão petista na Bahia e no país.

Mesmo assim, Marabá diz que manterá a relação institucional com o Governo do Estado por motivos práticos. Ele destaca que a administração municipal depende de parcerias, mas reforça que precisa corresponder às expectativas de um eleitorado majoritariamente conservador. “Minha população tem uma ideologia mais à direita, à qual pertenço. Preciso equilibrar os resultados que espero entregar com essa identidade”, afirmou.

O prefeito ressaltou que há uma diferença entre sua atuação como gestor e sua posição política pessoal. Marabá também afastou a possibilidade de disputar a Câmara Federal, como era especulado meses atrás, quando estreitou laços com o núcleo político de Jerônimo.

Agora, prefere aguardar a definição do tabuleiro de 2026 antes de assumir lado. Segundo o prefeito, a eleição estadual dependerá diretamente de como se organizará o bloco oposicionista nacional. Ele avalia que apenas a partir dessa composição será possível medir qual candidatura ao governo da Bahia terá maior força.

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