
Movimentações discretas marcaram a eleição do novo presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O senador Jaques Wagner (PT) atuou nos bastidores e garantiu apoio decisivo ao aliado José Rotondano, eleito na última terça-feira (18).
Informações da coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, apontam que Wagner trabalhou silenciosamente. Ele buscou votos entre magistrados próximos ao seu grupo político e alinhados ao desembargador eleito.
Rotondano assumirá o comando do TJ-BA a partir de fevereiro. Ele substituirá a presidente Cynthia Resende e ficará à frente da Corte durante o biênio 2026-2028, período considerado estratégico para decisões estruturantes do Judiciário baiano.
Na disputa, os desembargadores Edmilson Jatahy Júnior e Ivone Bessa Ramos tentaram frear o favoritismo de Rotondano. Jatahy recebeu 26 votos, enquanto Ivone somou 5. Sete magistrados não compareceram por afastamentos e processos de aposentadoria. Não houve votos nulos ou brancos.
Além da presidência, o Tribunal Pleno definiu também os cargos de 1ª e 2ª vice-presidência, Corregedoria-Geral da Justiça, Corregedoria do Foro Extrajudicial, Ouvidoria Judicial e os representantes do Órgão Especial e do Conselho da Magistratura.
Nos corredores, a avaliação é de que a articulação política fez diferença. A vitória de Rotondano reforça o peso do grupo de Wagner dentro da estrutura do Judiciário baiano e sinaliza novos alinhamentos para os próximos anos.