Chile decide hoje entre ultradireita e comunismo em eleição marcada pelo medo da violência

Eleição presidencial coloca os chilenos diante de dois caminhos opostos neste domingo. Disputa reúne José Antonio Kast, da ultradireita, e Jeannette Jara, ligada ao Partido Comunista. Clima de insegurança domina o debate eleitoral e influencia a decisão dos eleitores. No primeiro turno, Jara liderou com 26,9% dos votos, seguida por Kast, com 23,9%.

Agora, o cenário se inverte, e Kast aparece à frente nas pesquisas mais recentes. Levantamentos agregados indicaram vantagem de Kast antes da proibição de divulgar pesquisas. Dados mostravam 48% para Kast, 34% para Jara e 18% de indecisos. Apoios de candidatos derrotados da direita fortaleceram a candidatura de Kast no segundo turno.

Direita chegou dividida ao primeiro turno, enquanto a centro-esquerda fez primárias unificadas. Campanha teve foco na frustração com o governo Boric e no temor com a criminalidade. Temas como saúde, educação e Previdência ficaram em segundo plano no debate. Kast aposta em discurso duro contra o crime e a imigração irregular.

Promessa central do candidato é criar um “governo de emergência” contra a violência. Durante os atos de campanha, Kast discursou protegido por vidro blindado. Diferente de eleições anteriores, ele moderou o discurso em temas sensíveis. Advogado de 59 anos evitou falar sobre ditadura, direitos humanos e costumes.

Jara, ex-ministra do Trabalho, defende um Estado forte e redução das desigualdades. Trajetória inclui reforma previdenciária e redução da jornada de trabalho. Candidata promete deixar o Partido Comunista se vencer a eleição. Segundo Jara, o crime organizado enfrentará um Estado firme e estruturado.

Plano inclui ações policiais já nos primeiros dias de mandato. Estratégia também prevê incorporar propostas de adversários derrotados. Entre elas, a eliminação de imposto sobre medicamentos. Votos do eleitorado de Franco Parisi viraram alvo central no segundo turno. Apesar disso, Parisi não declarou apoio formal a nenhum dos candidatos.

Análise aponta desafios distintos para os dois lados na reta final. Jara precisa se afastar da imagem do atual governo para avançar. Kast tenta moderar o discurso sem perder a base conservadora. Especialistas avaliam que o medo da violência será decisivo na escolha. Resultado definirá os rumos do Chile a partir de 2026.

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