Paramirim teve um novo capítulo político nesta segunda-feira (22). O prefeito João Ricardo vetou integralmente o projeto que criava auxílio-alimentação para vereadores e servidores da Câmara. A decisão foi anunciada em vídeo nas redes sociais e, segundo o gestor, atendeu a um pedido formal dos próprios parlamentares, reforçando o diálogo entre os poderes.
Segundo o prefeito, o veto foi construído de forma conjunta, com base no entendimento institucional e na busca por equilíbrio fiscal. João Ricardo afirmou que a medida reflete humildade e responsabilidade administrativa. O projeto havia sido aprovado por unanimidade em sessão extraordinária realizada na sexta-feira (12), antes de gerar repercussão no município.
Proposta previa auxílio mensal de R$ 1.500 para cada vereador e de R$ 600 para servidores do Legislativo. O benefício teria caráter indenizatório, sem desconto de imposto de renda ou contribuição previdenciária, e seria pago por meio de cartão eletrônico, mediante contratação de empresa especializada.
Impacto financeiro estimado apenas com os vereadores chegaria a cerca de R$ 198 mil por ano. Atualmente, os 11 parlamentares recebem subsídio mensal de R$ 10.432,39, além do 13º salário, o que eleva o custo anual da Câmara para aproximadamente R$ 1,5 milhão.
Contexto pesou na decisão. A aprovação ocorreu em meio a restrições financeiras no município. Recentemente, a prefeitura cancelou a festa de Réveillon, alegando necessidade de priorizar despesas essenciais e garantir o pagamento dos servidores públicos.
Com o veto integral, o projeto retorna agora à Câmara Municipal. Os vereadores poderão manter ou derrubar a decisão do Executivo em nova votação. Até que isso ocorra, o auxílio-alimentação permanece suspenso e não entra em vigor.