
Empossado como conselheiro do TCE-BA, Otto Alencar Filho negou que sua nomeação tenha servido para destravar a formação da chapa majoritária do governo em 2026. O ex-deputado afirmou que deixou a atividade partidária sem qualquer negociação política ligada ao futuro eleitoral da base aliada.
Nos bastidores, a indicação feita pelo governador Jerônimo Rodrigues foi interpretada como compensação ao PSD diante da possível exclusão do senador Angelo Coronel da majoritária. A leitura ganhou força no meio político, mas foi rebatida de forma direta pelo novo conselheiro durante a posse.
Segundo Otto Filho, o governador deixou claro que a indicação ocorreu por decisão pessoal. Ele afirmou que, em nenhum momento, Jerônimo tratou de composição eleitoral ou de acordos envolvendo a disputa de 2026, afastando qualquer relação entre a vaga vitalícia e o cenário político.
Ainda no discurso, Otto Filho agradeceu a confiança do governador e disse que atuará com integridade no Tribunal. Ele declarou que pretende exercer a função com foco no interesse público, na justiça e no fortalecimento dos municípios baianos.
Antes da posse, o nome de Otto Filho foi aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia com 45 votos favoráveis, uma abstenção e um voto contrário. Ele assume a cadeira deixada por Antônio Honorato de Castro Neto, aposentado compulsoriamente ao completar 75 anos.