Rio do Pires voltou ao centro das atenções após uma confusão registrada na noite de terça-feira (23). O ex-prefeito Gilvânio Antônio dos Santos (PP), conhecido como Vânio de Gildásio, negou ter efetuado disparos no centro da cidade. Em vídeo divulgado nesta quarta-feira (24), ele contestou versões que circularam nas redes sociais e em veículos de comunicação.
Segundo o ex-gestor, os relatos divulgados não refletem o que realmente ocorreu. Vânio afirmou que estava na casa de um amigo, identificado como Flânio Almeida, quando foi surpreendido por rajadas de bombas lançadas durante uma comemoração atribuída ao grupo político que atualmente administra o município.
Durante o episódio, fragmentos dos artefatos teriam atingido o imóvel, colocando em risco as pessoas que estavam no local. No vídeo, Vânio negou estar armado e reforçou que não realizou nenhum disparo. Ele classificou as acusações como graves e disse que a situação foi distorcida de forma intencional.
Diante do susto, o ex-prefeito relatou que tentou contato imediato com a Polícia Militar, sem sucesso inicial. Após insistência, conseguiu falar com um oficial de patente superior, que determinou o envio de uma guarnição ao endereço onde a confusão havia sido registrada.
Após a chegada dos policiais, Vânio contou que houve tentativa de abordagem e revista. Segundo ele, a situação gerou ainda mais tensão, o que o levou a deixar o local e retornar para sua residência, evitando um confronto maior no meio da ocorrência.
Para o ex-prefeito, o episódio revela um ambiente “lamentável” no município. Ele afirmou que situações semelhantes não seriam isoladas e citou supostos ataques e intimidações contra profissionais da saúde, comerciantes e moradores influentes de Rio do Pires.
Ainda conforme Vânio, medidas já começaram a ser adotadas. Ele disse ter procurado o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, e o governador Jerônimo Rodrigues (PT), relatando o que chamou de perseguição política e restrição à liberdade no município.
Por fim, o ex-prefeito confirmou o registro de um boletim de ocorrência e pediu maior atenção do Governo do Estado para o clima de tensão em Rio do Pires. Em outubro de 2024, Vânio já havia sido acusado de sacar uma pistola, efetuar três disparos e ameaçar de morte um casal.