
Uma ação da Polícia Militar resultou na recuperação de uma carreta roubada durante a manhã de quarta-feira (24), em Brumado, no sudoeste da Bahia. O veículo foi localizado na Avenida Coronel Santos, no bairro São Félix, após informações apontarem que o conjunto estava escondido em um depósito e apresentava sinais claros de adulteração.
Durante uma blitz de fiscalização no centro da cidade, policiais do 24º BPM receberam denúncia sobre uma carreta azul possivelmente roubada. Ao chegar ao endereço indicado, a guarnição encontrou três homens realizando manutenção no veículo, o que levantou suspeitas imediatas e motivou uma verificação minuciosa dos dados identificadores.
Após a checagem, os militares constataram divergências entre placas e números de chassi, além da ausência de emplacamento em um dos semirreboques. A situação indicou adulteração dos sinais identificadores, prática comum em crimes de receptação e clonagem de veículos pesados usados em cargas de alto valor.
Com apoio do setor de Inteligência do 24º BPM, a polícia confirmou que os semirreboques pertenciam a uma carreta com restrição de roubo registrada em 1º de dezembro de 2025, no município de Correntina, no oeste baiano. Na ocasião, o motorista foi espancado pelos criminosos e abandonado em um matagal às margens da rodovia.
Além disso, a investigação apontou que o cavalo-trator utilizava placas clonadas. O veículo original circula no estado do Ceará, o que reforçou a suspeita de organização criminosa especializada. O verdadeiro proprietário reconheceu o bem por meio de documentos e imagens apresentados à polícia.
Questionados, os três homens alegaram desconhecer a origem ilícita do chamado “cabritão”, avaliado em mais de R$ 1 milhão. Eles afirmaram que prestavam apenas serviço mecânico no local. Apesar da versão apresentada, o conjunto veicular e os suspeitos foram levados à Delegacia Territorial de Brumado.
Segundo informação, um dos envolvidos, de 18 anos, teve a prisão em flagrante homologada, mas recebeu liberdade provisória durante o plantão judiciário. A decisão foi assinada nesta quinta-feira (25) pela juíza Andreia Aquiles Sipriano da Silva Ortega, que considerou o réu tecnicamente primário.
Agora, a Polícia Civil segue à frente das investigações e realiza diligências complementares para apurar a participação do trio no roubo majorado e na adulteração dos sinais identificadores do veículo. O caso é tratado como prioridade devido à violência empregada no crime original.