2 de junho de 2016
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O Ministro Emérito do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, esteve nesta quinta-feira (2) em Aracaju, e participou de um evento direcionado a legisladores e servidores do poder judiciário de todo o país. Durante a sua participação ele destacou o desenvolvimento e segurança jurídica e criticou o momento atual econômico e político do Brasil. “Há um esforço muito grande para mostrar que tudo que se passa no Brasil é da normalidade democrática. Mas como explicar ao mundo o que vem se passando nos últimos meses? Essa mudança tão brusca de comando. Ninguém poderia prever há menos de dois anos que o nosso sistema político iria trincar, mas a realidade está aí. O Brasil parece que vai integrar o bloco das nações marcadas pela instabilidade política e isso é muito ruim para todos nós, brasileiros”, disse o ministro.Joaquim Barbosa definiu o cenário atual do país. “Um Brasil clandestino, nenhum pouco transparente e fraudulento”. Ainda falando sobre a crise que se abateu sobre o país ele falou sobre a disputa de poder no cenário nacional. “Existe um primeiro grupo que nos 30 anos de democracia nunca conseguiu ganhar uma eleição presidencial. Por outro lado, está no poder um grupo que no prazo das próximas eleições completaria 20 anos no poder. Como explicar isso ao mundo?”, questiona. “Desenvolvimento e segurança são assuntos que interessam ao atual momento do país. O empreendedor e os seus investidores não têm como definir com certeza absoluta qual será o desfecho desse empreendimento, como se dará a sua evolução e o que pode acontecer. Clientes podem ou não se tornarem inadimplentes. O estado pode ou não retomar a contratação do emprego. Sem empreendedorismo não existe o desenvolvimento. O Brasil passa por um momento bastante difícil e nós temos que lutar contra o retrocesso”, alerta. O Congresso Nacional também foi citado por Joaquim Barbosa. “Haverá nada mais nada menos que a transferência do centro de gravidade da política nacional da presidência para os cafundós do Congresso Nacional e eu tenho sérias dúvidas se é isso que os brasileiros querem”.(G1)