
A curta gestão de Tito Eugênio (Podemos) deve terminar antes de completar 40 dias. O vice assumiu após o afastamento de João Vitor Laranjeira (PSD) pelo STF na sétima fase da operação Overclean. Rupturas internas explodiram nos bastidores assim que Tito sentou na cadeira de prefeito.
Mudanças no primeiro escalão irritaram a ala fiel a João Vitor, que viu nas trocas um movimento de força do vice. Sinais de retorno do prefeito afastado ganharam corpo nesta semana. A defesa obteve avanço no STF, e a notícia percorreu gabinetes e corredores políticos como pólvora acesa.
Aliados de João Vitor tratam a volta como questão de tempo. O tom nos bastidores é de revanche. A ordem é retomar cargos, desmontar alterações feitas por Tito e realinhar a máquina municipal. Clima na prefeitura virou campo de batalha. Secretários e secretárias relatam pressões, disputas por espaços e uma transição marcada por desconfiança.
João Vitor, eleito com margem recorde, não deve reencontrar um ambiente pacificado. O retorno promete confronto direto com parte da equipe que aderiu, ainda que discretamente, ao comando provisório do vice.
Tito deve deixar o cargo sob fogo cruzado. Seu breve período no poder criou fissuras que seguirão vivas mesmo após a troca oficial no comando. Cenário aponta para uma semana decisiva, com rearranjo político e nova rodada de embates internos. Riacho de Santana respira tensão.