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8 de janeiro de 2016
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Macaco que fez selfie com câmera roubada não pode ter direitos sobre foto, decide Justiça

Imagem Reprodução

Imagem Reprodução


Um macaco não pode ser dono de um autorretrato em que aparece sorrindo, registrada em 2011, após roubar a câmera do fotógrafo britânico David Slater. Um juiz do tribunal federal de San Francisco, nos Estados Unidos, decidiu que o macaco não pode ser declarado dono da foto e deter direitos autorais da imagem. A ação foi apresentada em 2015 pelo grupo de ativistas dos direitos dos animais PETA. Os ativistas queriam que o fotógrafo não fosse declarado dono da foto e que fosse reconhecida a autoria como do macaco. A discussão sobre os direitos sobre a imagem começaram em 2014. Na época, o órgão regulador de direitos autorais dos EUA, o US Copyright Office, deu os direitos autorias da imagem para o macaco. A imagem foi feita na ilha indonésia de Sulawesi em 2011. Na época, Slater ingressou com uma ação contra a Fundação Wikimedia, na qual pedia US$ 30 mil (quase R$ 121 mil) de indenização, porque a empresa se negava a retirar de sua coleção de imagens o “selfie” feito pelo macaco. “A imagem me pertence. Mas, como foi o macaco que apertou o botão e tirou a foto, eles (Wikimedia) dizem que o macaco é o titular dos direitos autorais”, disse o fotografo a imprensa antes do julgamento. Slater argumentou que, apesar do macaco ter feito a foto, ele levou três dias de trabalho para registrar a imagem, que percorreu o mundo. “Levei três dias de sangue, suor e lágrimas para registrar a selfie”, disse ele no ano passado. A PETA afirmou que vai recorrer da decisão para garantir os direitos do macaco.