
Próxima da decisão, a Bamin avalia propostas para destravar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. A escolha do novo investidor deve ocorrer até o início de 2026. Bamin analisa o interesse de três grupos em adquirir parte ou 100% da mineradora. A operação mira capital para retomar obras e fechar o pacote logístico do projeto.
Segundo Eduardo Ledsham, presidente da empresa, o projeto integrado precisa de US$ 6 bilhões. O anúncio ocorreu na abertura da Exposibram, na segunda-feira (27). Hoje, a Fiol 1 segue paralisada sob pedido de reequilíbrio contratual. O trecho liga Caetité a Ilhéus e é pilar do escoamento do minério previsto pela companhia.
Caso o investidor seja escolhido, a Bamin apresentará nova proposta ao Ministério dos Transportes. A meta passa a operar a Fiol 1 em 2031, e não mais em 2027. Com isso, o cronograma oficial ganha atraso de cinco anos. A empresa afirma que busca um plano exequível, com financiamento garantido e execução contínua.
Ledsham disse que o Eurasian Resources Group, atual controlador, ainda avalia sua posição. O ERG pode vender toda a fatia ou permanecer como sócio minoritário. Investidores demonstram interesse no projeto integrado de mina, ferrovia e Porto Sul. A visão é capturar sinergias e reduzir riscos na cadeia de escoamento. Mercado acompanha a negociação e seus efeitos para a logística baiana. A Fiol é eixo estratégico para conectar o Oeste produtor ao litoral de Ilhéus.