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25 de julho de 2016
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MEC não vai conceder bolsas de graduação pelo Ciência sem Fronteiras

Imagem Reprodução

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O governo federal não vai conceder novas bolsas de intercâmbio fora do País para alunos de graduação pelo Ciência sem Fronteiras. A ideia do Ministério da Educação (MEC) é reformular o programa. Já na pós-graduação, diz a pasta, novas bolsas serão lançadas. Outra proposta em análise é financiar o intercâmbio de estudantes do ensino médio público no exterior. O cancelamento de novos intercâmbios para a graduação foi revelado pelo portal Uol. O titular do MEC, Mendonça Filho, explicou ao jornal O Estado de S. Paulo que os custos elevados do Ciência sem Fronteiras pesaram na decisão. “(Um intercâmbio de graduação no exterior) Equivale a financiar um curso integral de quatro anos no Brasil, ao preço médio do que o MEC paga no ProUni ou no Fies, para três alunos”, argumenta. Para o ministro, o programa – uma das principais bandeiras da presidente afastada Dilma Rousseff – tem uma “eficácia discutível” e atinge pouco a população pobre. Em 2015, o Ciência sem Fronteiras custou R$ 3,7 bilhões, para atender 35 mil bolsistas. De acordo com o MEC, esse mesmo valor foi usado para atender 39 milhões de alunos no programa federal deCriado em 2011, o Ciência sem Fronteiras foi criticado pela falta de acompanhamento acadêmico dos intercambistas e por ter pouco impacto científico. Muitos alunos, diz Mendonça Filho, cursavam apenas disciplinas não equivalentes nos currículos brasileiros. Na primeira fase, 79% das bolsas foram na graduação. Os últimos editais para recrutar novos alunos pelo programa, diz o MEC, foram em 2014. A pasta garante que honrará todos os compromissos com os intercambistas ainda no exterior. Sobre as bolsas ao ensino médio, a ideia é bancar só alunos de baixa renda. As propostas ainda serão levadas ao presidente em exercício Michel Temer. O ministro também promete discutir no Congresso mudanças no ensino médio. Os principais objetivos, defende, são flexibilizar a grade curricular e aumentar as possibilidades de integrar o ensino médio ao técnico. “Vamos enfatizar a autonomia estadual na construção de modelos e a Base Nacional Comum (currículo único para o ensino básico, atualmente em discussão) vai encaminhar a parte do conteúdo”, destaca Mendonça Filho. Modelos internacionais também serão usados como inspiração para a reforma.