A Aneel decidiu manter a bandeira tarifária vermelha patamar 1 em novembro. O consumidor seguirá pagando R$ 4,46 a mais a cada 100 kWh consumidos. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (31). O órgão justificou que o cenário ainda é desfavorável para a geração de energia hidrelétrica. O volume de chuvas segue abaixo da média e os reservatórios continuam com níveis reduzidos.
Para garantir o fornecimento, será necessário acionar as usinas termelétricas, que têm custo de operação mais alto. A medida evita apagões, mas encarece a conta de luz das famílias. A Aneel explicou que a geração solar ainda não é suficiente para suprir a demanda. Durante a noite e nos horários de pico, as termelétricas precisam complementar o abastecimento.
Em 2025, a bandeira verde vigorou de janeiro a abril, e a amarela foi aplicada em maio. Desde junho, o país enfrenta a bandeira vermelha de forma consecutiva. Nos meses de agosto e setembro, a conta de luz ficou ainda mais pesada com o patamar 2, que acrescentou R$ 7,87 a cada 100 kWh. O cenário começou a aliviar apenas em outubro.
O sistema de bandeiras tarifárias completou dez anos em 2025. Ele foi criado para repassar os custos da geração de energia de forma imediata e incentivar o consumo consciente. Preços maiores nas hidrelétricas, causados pela falta de chuvas, são repassados diretamente ao consumidor. A intenção é alertar sobre o uso racional de energia em períodos críticos.
As bandeiras também impactam a inflação. O IPCA-15 caiu para 0,18% em outubro, após alta de 0,48% em setembro, segundo o IBGE. A energia elétrica ajudou na desaceleração ao registrar queda de 1,09% no mês.