
Bahia surge como foco de preocupação para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Jerônimo Rodrigues. Reportagem do Correio Braziliense aponta que o avanço da criminalidade no estado pode ser explorado na campanha presidencial de 2026, afetando diretamente o palanque petista baiano. Estado segue entre os mais violentos do país, liderando índices de homicídios e crimes letais.
Facções avançam, ataques armados aumentam e chacinas se tornam mais frequentes, tanto em áreas urbanas quanto rurais. Aumento da sensação de insegurança cria vulnerabilidade para o governo estadual e desafia a narrativa de segurança pública do governo federal. Para Jerônimo Rodrigues, o desafio é duplo: combater a criminalidade e evitar que o tema se transforme em munição política contra ele e Lula.
Desgaste tende a crescer se a população não perceber avanços concretos. Oposição já mira a Bahia como exemplo de falhas na gestão estadual e federal, usando cada episódio de grande repercussão como argumento eleitoral. Em 2024, a Bahia registrou 1.556 mortes decorrentes de ações policiais, quase o dobro de São Paulo (813) e muito acima do Rio de Janeiro (703).
Uma em cada quatro mortes violentas do país envolveu a polícia baiana. Governo estadual não contestou os números. Correio Braziliense alerta que, sem respostas rápidas e efetivas, a violência na Bahia terá efeitos diretos na campanha de 2026, pressionando o governo em Salvador e em Brasília.