
Um vereador de Ituaçu, na Chapada Diamantina, denunciou possíveis privilégios concedidos a um servidor da prefeitura preso por pedofilia. Caso, revelado durante sessão na Câmara Municipal, gerou revolta e promete novos desdobramentos. Parlamentar Railan Silva Oliveira (União Brasil) afirmou que o servidor recebeu licença-prêmio um dia após ser preso, em 15 de setembro deste ano.
A concessão, segundo ele, contrasta com a dificuldade enfrentada por professores para obter o mesmo direito. “Um professor precisa ir ao Ministério Público para conseguir sua licença. Enquanto isso, um homem acusado de aliciar alunas teve o benefício liberado no dia seguinte à prisão. É uma vergonha para a educação”, criticou Railan, em entrevista ao Achei Sudoeste.
Vereador classificou a situação como “um escândalo” e acusou a Prefeitura de Ituaçu de negligenciar um caso grave. Ele disse ainda que o servidor, que trabalhava como porteiro e depois foi promovido a secretário escolar, assediava meninas dentro do banheiro da escola.
As primeiras denúncias, segundo Railan, surgiram em 2017. Em vez de punição, o acusado teria sido beneficiado com promoção no cargo. “Ao que parece, ele é premiado por cada crime cometido. Isso é revoltante”, afirmou. Railan anunciou que, caso a prefeitura não adote providências, o caso será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF).
Vereador pede investigação sobre a concessão da licença e a possível omissão do poder público municipal. A reportagem tentou contato com o prefeito Phellipe Ramonn Gonçalves Brito (PSD), mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. Servidor segue preso no Conjunto Penal de Brumado, onde aguarda decisão judicial.