A presidente do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), Carol Amorim, apresentou nesta segunda-feira (3), na Câmara de Vereadores de Brumado, o relatório do projeto “Conseg vai às escolas”. A iniciativa busca fortalecer ações de prevenção à violência escolar e conscientizar alunos, professores e gestores sobre temas que afetam o ambiente educacional.
Durante o discurso na Tribuna Livre, Carol ressaltou a importância de levar o debate de segurança para dentro das instituições de ensino. Ela afirmou que o projeto tem como foco criar uma cultura de paz, abordando desde o bullying e o cyberbullying até casos de violência física e assédio sexual.
“Quando falamos de violência nas escolas, falamos de um espectro amplo. É bullying, cyberbullying, assédio, agressão a professores e diretores. É um olhar que a Câmara e o Executivo precisam direcionar”, afirmou a presidente.
O Conseg, segundo Carol, percorreu escolas das redes municipal, estadual e federal. Os relatos coletados apontam um cenário preocupante, com casos recorrentes de ameaças, desrespeito, depredação do patrimônio público e falta de disciplina entre os estudantes.
De acordo com a gestora, a ausência de protocolos claros deixa professores e diretores sem orientação diante de situações de risco. “Os profissionais ficam perdidos, sem saber como agir. O poder público precisa intervir e definir regras de conduta”, alertou.
A presidente destacou que o Conseg pretende articular uma audiência pública para discutir o tema com educadores, pais, alunos e autoridades, antes da criação de um protocolo unificado de segurança escolar. A proposta visa orientar ações preventivas e garantir respostas rápidas e padronizadas em casos de violência dentro das unidades de ensino.
Carol Amorim reforçou que a prevenção começa pela educação. “Precisamos ensinar nossos jovens a respeitar, dialogar e resolver conflitos sem violência. Só assim construiremos escolas seguras e acolhedoras”, concluiu.
O relatório do Conseg será encaminhado ao Executivo Municipal e às secretarias de Educação e Segurança, que deverão avaliar as recomendações apresentadas. A expectativa é de que o documento sirva de base para futuras políticas públicas voltadas à proteção da comunidade escolar.