30 de janeiro de 2016
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O dólar fechou em queda expressiva nesta sexta-feira, o que não impediu que a moeda encerrasse janeiro em alta – foi o terceiro mês consecutivo de avanço. Em meio a incertezas locais e globais, alguns investidores e analistas dizem que a tendência pode se manter. A moeda americana caiu 1,37% nesta sexta, a 4,02 reais, e acumulou baixa de 2,1% na semana. Em janeiro, em contrapartida, a cotação subiu 1,93%. “Tivemos muitas entradas de recursos ontem (sexta), mas não espero que o dólar sustente a queda. Patamares abaixo de 4 reais devem atrair compra”, disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. O dólar atingiu 3,99 reais na mÃnima desta sessão, mas logo reduziu as perdas e voltou a ser negociado por mais de 4 reais. Nos mercados externos, moedas emergentes reagiram positivamente à surpreendente decisão do banco central japonês de adotar juros negativos. A medida reduz o custo de operações conhecidas como carry trade, quando operadores captam recursos no exterior e os reinvestem em ativos que pagam juros altos. Também ajudou o humor o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no quarto trimestre, que confirmou uma desaceleração abrupta na maior economia do mundo.
O dado deu força à percepção de que o Federal Reserve, o banco central americano, pode demorar mais tempo que o esperado para voltar a elevar os juros. Mesmo assim, operadores continuam apreensivos com o cenário local e esperam que a moeda americana volte a subir em breve, especialmente após a ata do Comitê de PolÃtica Monetária (Copom) alimentar apostas de que os juros básicos podem não subir neste ano. O dólar chegou a subir nesta manhã, atingindo 4,09 reais na máxima da sessão. O J.P.Morgan elevou sua previsão para o câmbio e passou a estimar que o dólar atingirá 4,70 reais no fim de 2016, argumentando que a manutenção da Selic fez com que as expectativas de inflação perdessem o norte. As medidas de estÃmulo ao crédito anunciadas nesta quinta, que somam 83 bilhões de reais, também eram motivo de cautela. O anúncio vem em um momento de inflação de dois dÃgitos, apesar da profunda recessão econômica. (Reuters)