Malhada de Pedras voltou a respirar. As chuvas que caíram nos últimos dias trouxeram alívio e esperança após meses de seca severa. Produtores rurais comemoraram a chegada da água. As primeiras pancadas já restauram pastagens e permitiram o início dos plantios em diversas comunidades.
Lucas Ataíde, secretário de Meio Ambiente e coordenador da Defesa Civil, afirmou que o índice pluviométrico recente é animador. Segundo ele, o solo começa a recuperar a umidade perdida durante o ano mais seco da última década.
“As chuvas vieram em diferentes intensidades. Em alguns pontos, o solo já absorveu bem a água”, explicou Ataíde. Ele lembrou que a prioridade agora é repor a umidade do solo antes que a água volte a correr para as aguadas.
O secretário destacou ainda que alguns reservatórios começaram a se recuperar, embora a situação ainda exija atenção. “Mesmo com a melhora, o quadro é delicado. Precisamos de novas chuvas para consolidar a recuperação hídrica”, completou.
Na sede do município, o volume registrado chegou a 89 milímetros, o suficiente para mudar o cenário árido das últimas semanas.
Comunidades como Junco I e Lagoa do Tamboril tiveram 53 milímetros de precipitação, enquanto regiões próximas à divisa com Guajeru ultrapassaram os 100 milímetros.
Moradores relatam que rios temporários voltaram a correr e nascentes começam a reagir. Em algumas propriedades, animais já encontram água e capim verde, um alento depois de meses de escassez.
Apesar do otimismo, a Defesa Civil mantém alerta. A equipe monitora o nível das aguadas e reforça a importância de uso consciente da água, mesmo com o retorno das chuvas.
Ataíde reforçou que o município segue em estado de atenção e que as ações de apoio ao produtor continuam. “As chuvas deram um respiro, mas ainda não podemos relaxar”, concluiu.
Malhada de Pedras, castigada pela estiagem, volta a enxergar sinais de renovação. A chuva, mais que um fenômeno climático, chega como promessa de recomeço para quem depende da terra.