A estiagem prolongada que atinge o sudoeste da Bahia levou o governo federal a reconhecer, nesta quarta-feira (12), a situação de emergência em Aracatu. A medida foi oficializada por portaria publicada no Diário Oficial da União e visa agilizar o socorro às famílias atingidas pela falta de chuvas.
Reconhecimento foi feito pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional. Com isso, Aracatu poderá acessar recursos da União para ações emergenciais, como distribuição de água potável, auxílio humanitário e recuperação de áreas afetadas pela seca.
Autoridades locais relatam que a estiagem tem provocado graves impactos nas comunidades rurais. Açudes e barreiros estão quase secos, e famílias enfrentam dificuldades para garantir água para o consumo e para o rebanho.
Com o decreto federal, a prefeitura deve formalizar o pedido de ajuda por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). A equipe técnica da Defesa Civil Nacional analisará os planos de trabalho e definirá as metas e valores a serem liberados.
Após a aprovação, os recursos são liberados em nova portaria. A medida busca garantir rapidez no atendimento às populações mais afetadas e minimizar os prejuízos causados pela estiagem.
Dados meteorológicos mostram que a seca no sudoeste baiano se intensificou nos últimos meses, com chuvas abaixo da média histórica. Fenômeno tem reduzido o volume de reservatórios e comprometido o abastecimento em diversas cidades da região.
Moradores de comunidades rurais relatam que caminhões-pipa têm sido a principal fonte de água. Agricultores também enfrentam perdas na lavoura e na criação de animais. “A situação está crítica, a terra rachou e o pasto acabou”, contou um produtor da zona rural.
O reconhecimento federal reforça a gravidade do cenário e a necessidade de políticas permanentes de convivência com o semiárido. Aracatu, assim como outros municípios do sudoeste, depende da ajuda emergencial para garantir dignidade e segurança às famílias atingidas.