Homem que jogou mulher da ponte Guimarães Rosa é condenado a mais de 21 anos de prisão

Júri popular de Carinhanha condena agressor por homicídio e aborto provocado; vítima sobreviveu à queda e ainda sofre traumas cinco anos depois. Vinte e um anos, dez meses e quinze dias. Essa foi a pena imposta a Wanrley Silva Teixeira, 30 anos, condenado nesta quarta-feira (19) em Carinhanha, no sudoeste da Bahia.

O júri reconheceu que ele jogou Cleidiane dos Santos Ribeiro da Ponte Guimarães Rosa, em abril de 2020. Testemunhas, provas e laudos derrubaram a versão apresentada pela defesa. O réu alegava acidente, mas o Conselho de Sentença considerou a narrativa incompatível com as evidências colhidas no processo.

Jurados acolheram integralmente a denúncia do Ministério Público, que apontou motivo torpe ligado à recusa do agressor em assumir a paternidade. Também reconheceram o feminicídio tentado e o crime de provocar aborto sem consentimento. Sentença assinada pelo juiz Arthur Antunes Amaro Neves destacou a crueldade do ataque.

Ele lembrou que a vítima tinha apenas 20 anos na época e sobreviveu à queda, mas enfrenta sequelas emocionais profundas e depende de medicação controlada. Pena unificada resultou em mais de duas décadas de prisão. Mesmo assim, o magistrado permitiu que Wanrley recorra em liberdade. Medidas cautelares seguem ativas e impedem qualquer aproximação ou contato com Cleidiane e seus familiares.

Crime chocou a região em 2020 e voltou a mobilizar a população com o avanço do julgamento. Cleidiane, hoje com 25 anos, acompanhou o caso de perto e recebeu apoio de movimentos de enfrentamento à violência contra a mulher.

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