A jurista e magistrada brasileira, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon comentou sobre a condenação do ex-presidente Lula, julgado nesta segunda-feira pela 4ª turma do Tribunal Regional Federal. O petista foi condenado a 12 anos e um mês de prisão. Para Calmon o resultado foi esperado. “Já esperado. O Tribunal do Rio Grande do Sul é muito sério, profissional, isso já era mais ou menos esperado. Esperava unanimidade. Pra mim seria surpresa se não fosse”, afirmou ao apresentador Zé Eduardo, rádio Itapoan FM, no programa Se Liga Bocão. Sobre a possível falta de provas, argumento utilizado pela defesa de Lula, a jurista disse que não conhecia o processo mas ressaltou a qualidade técnica dos jurados. “que eu acho difícil, porque conheço alguns julgadores, inclusive o presidente do Tribunal, ele é um homem muito sério, intelectual, com livros publicados. Então acho muito difícil não haver provas é eles falarem que tem provas”. Sobre o ato politico antes do julgamento, ela afirmou que prejudicou Lula. “no meu entendimento isso termina por atrapalhar a posição do presidente Lula, porque houve um enfrentamento e isso não é uma coisa boa”. Calmon comentou também sobre os recursos que a defesa do ex-presidente pode alegar. “Do ponto de vista técnico ele é inelegível […] Ninguém conhece o Supremo, o Supremo é uma caixinha de surpresa. O que pode acontecer nem aquelas criaturas que estão lá, sabem o que pode acontecer. De forma que a esperança do PT é o STF”, finalizou.