
O deputado estadual Diego Castro (PL) voltou a defender o projeto de lei que proíbe o uso da linguagem neutra em documentos e comunicações oficiais do poder público na Bahia. A proposta abrange materiais didáticos, atos normativos e demais manifestações oficiais.
Durante entrevista ao podcast Politiquestion, do portal bahia.ba, o parlamentar afirmou que, embora apresentada como inclusiva, a linguagem neutra seria, na prática, “seletiva” e traria barreiras de compreensão para parte da população.
“Como você explica a uma pessoa com deficiência visual, que depende da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que tudo vai mudar e que ela precisa se adaptar à linguagem neutra? Isso cria uma complexidade desnecessária”, disse o deputado.
Linguagem neutra também chamada de linguagem inclusiva busca substituir expressões de gênero, como “todos” ou “todas”, por termos como “todes” ou “amigues”. A prática é usada por pessoas trans, não-binárias e intersexo como forma de reconhecimento e inclusão. Para Diego Castro, no entanto, a adoção desse tipo de linguagem em órgãos públicos pode comprometer a clareza e a acessibilidade das informações oficiais.
Ele afirma que o projeto tem o objetivo de preservar a integridade da língua portuguesa e garantir uniformidade na comunicação do Estado. Tema, que divide opiniões, mobiliza debates em todo o país. Enquanto defensores da linguagem neutra a consideram um instrumento de respeito e representatividade, críticos alegam que a mudança impõe barreiras linguísticas e pedagógicas, especialmente no ensino público.
O projeto de Diego Castro ainda aguarda análise nas comissões temáticas da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) antes de seguir para votação em plenário.