
Judiciário baiano amanheceu de luto nesta segunda-feira (17) com a morte do desembargador Gesivaldo Nascimento Britto, aos 79 anos. Ele estava internado e enfrentava problemas de saúde, segundo confirmação da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab). Entidade lamentou a perda e reconheceu sua longa atuação na magistratura estadual.
Depois, a carreira de Britto ganhou destaque nacional quando ele foi eleito presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) em novembro de 2017, assumindo o comando da Corte no início de 2018. Sua gestão, porém, durou menos que o esperado. Uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2019, determinou seu afastamento no âmbito da Operação Faroeste, investigação que apurava suposta venda de sentenças e favorecimento em disputa de terras no oeste baiano.
Logo, o desembargador acabou deixando definitivamente as funções em 2021, ao completar 75 anos, idade-limite para permanência no Judiciário. A aposentadoria compulsória encerrou oficialmente sua atuação, mesmo enquanto o processo penal continuava em tramitação no STJ. Britto nunca recebeu condenação definitiva.
Ainda assim, familiares e instituições não divulgaram detalhes sobre a causa da morte, nem informações sobre velório ou sepultamento, que devem ser anunciadas nas próximas horas. A expectativa é que o Tribunal de Justiça e entidades representativas façam homenagens oficiais.
Por fim, a Amab ressaltou a contribuição do magistrado ao longo de décadas, com passagens por diversas comarcas da Bahia antes de chegar ao TJ-BA. Entidade destacou que, apesar dos desdobramentos da Operação Faroeste, Britto deixou um legado de experiência e atuação marcante no sistema de Justiça do estado.