
Desempenho de Lula voltou a despencar, mostra nova pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada na terça-feira (2). A desaprovação atingiu 50,7%. A aprovação caiu para 48,6%. Levantamento ouviu 5.510 eleitores entre 22 e 27 de novembro. A margem de erro é de um ponto percentual. A virada marca o fim de uma recuperação que vinha desde agosto. Quedas no índice positivo e altas na rejeição indicam desgaste real.
A avaliação ruim/péssima da gestão federal também subiu sinal de insatisfação crescente em várias camadas da população. Segmentos que mais desaprovam: jovens de 16 a 24 anos, homens, pessoas com ensino médio, evangélicos, quem não recebe Bolsa Família e famílias de renda média. Já entre mulheres, moradores do Nordeste, beneficiários da assistência social e pessoas com ensino fundamental a aprovação se mantém mais firme.
Contexto sugere que o desgaste do governo petista tem causas múltiplas: expectativas não cumpridas, promessas adiadas, insegurança sobre economia e desafios sociais fatores tradicionais que pesam em mandatos longos. Cansaço popular parece crescer. Sob pressão de crises econômicas, inflação e demora em soluções estruturais, o eleitor demonstra menor paciência com os governantes. Isso pode comprometer o capital político de Lula no curto prazo.
Desafio para o governo: reverter a tendência com ações concretas. Investimentos visíveis, credibilidade renovada e diálogo com os grupos mais críticos jovens, classe média, evangélicos podem ser decisivos para reverter essa curva de rejeição. Eleição de 2026 se aproxima com cenário mais instável para o presidente. A queda de apoio pode abrir espaço para novos competidores e reconfigurar alianças. Reabilitar a imagem será tarefa urgente para evitar surpresas.