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5 de dezembro de 2015
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Marina Silva defende convocação para decidir destinos de Dilma e Cunha

FOTO: BRUMADO ACONTECE

FOTO: BRUMADO ACONTECE


A ex-senadora e ex-presidenciável Marina Silva (Rede) defendeu nesta sexta-feira, 4, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que haja uma convocação extraordinária do Congresso em janeiro a fim de decidir o futuro tanto da presidente Dilma Rousseff quanto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-AL). O peemedebista – que é alvo de um pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar suspeito de mentir sobre a existência de contas no exterior supostamente abastecidas com dinheiro desviado da Petrobrás – admitiu na quarta-feira, 2, um pedido de impeachment contra Dilma. “Com certeza, nós advogamos o afastamento do presidente Cunha até porque os episódios que estamos vivendo demonstram que ele tem usado a sua função para evitar o processo contra ele próprio. O afastamento dele está em igual condição. A presença dele é um vetor da própria crise. Se estamos preocupados em achar um desfecho para a crise, as duas coisas têm de ser tratadas com igual celeridade”, afirmou. Para a ex-presidenciável, a continuidade das peladas fiscais em 2015 – um dos argumentos que justificaram a decisão de Cunha de admitir o pedido de impeachment contra a presidente – é grave e a Rede vai participar da Comissão Especial com total isenção para firmar sua convicção “sem acordo Ela negou que, ao advogar pela ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode cassar a chapa Dilma e o vice Michel Temer, esteja tratando o processo de impedimento do Congresso como uma questão de “menor importância”. Marina disse que o País está em estado de insolvência em relação às finanças públicas e citou como exemplo o fato de o governo ter aprovado na quarta-feira, 2, a revisão da meta fiscal no Congresso. A medida permite que o Executivo faça um déficit de até R$ 120 bilhões este ano. Ela defendeu uma ação rápida do Congresso na questão envolvendo Dilma e Cunha para evitar o agravamento das crises econômica, social e política. “O País corre o risco de perder mais uma vez o grau de investimento por outra agência de classificação”, disse. Segundo ela, como País está numa situação dramática, há uma possibilidade “muito grande” que isso ocorra, o que terá consequências danosas para o Brasil, que já está em recessão. Para Marina, não se pode prolongar indefinidamente a crise. Ela defendeu que, apesar de toda urgência para a situação de emergência, é preciso que a sociedade possa se manifestar
Estadão