O estupor dos cidadãos de bem brasileiros com a dimensão das práticas de corrupção no país vem se tornando tão grande quanto o número de escândalos revelados diariamente na imprensa. A sensação presente na sociedade é de que é chegado o momento de se posicionar com firmeza e tolerância zero para esse tipo de crime. Dentro desse cenário, o reverendo presbiteriano Hernandes Dias Lopes publicou um vídeo com uma análise do potencial de dano que os crimes de corrupção possuem, e chamou a atenção para o fato de que as consequências para um ato de mal uso, ou desvio, do dinheiro público, podem ser inúmeras e diversas. “A corrupção não é uma falta amena. É um crime hediondo. Quando um político, um empresário, um corrupto, ou um corruptor, saqueiam os cofres públicos e desviam o dinheiro para contas fora do Brasil, ou usa esse dinheiro de forma ilegítima, ilícita, criminosa – dinheiro esse que deveria ser destinado à construção de hospitais, de escolas, de estradas, para dar melhor condição e dignidade de vida ao cidadão – esse ato corrupto, essa corrupção, é um crime que mata”, afirmou.
Os prejudicados pela corrupção são os cidadãos de todas as classes sociais, e esses crimes, cometidos nos mais diversos níveis de governo, causam impactos em todos os setores:“Quando você vê hoje uma pessoa na fila de hospital morrendo por falta de atendimento; quando você vê um cidadão, que é trabalhador, morrendo porque a cirurgia que ele precisa fazer foi marcada para daqui a um ano, e ele tinha emergência; quando você vê o Brasil sendo um dos campeões de acidentes de carro – e a maioria desses acidentes por falta de estradas [em boas condições] -; a pessoa que está roubando o erário público, está saqueando o país, não está lá puxando o gatilho, não está lá empurrando o carro para o abismo, mas a corrupção é que está matando, porque esse dinheiro – e são, não milhões, mas bilhões – fosse usado, destinado, para o seu verdadeiro destino, que é melhorar a condição de vida do povo, nós não teríamos pessoas morrendo à míngua, morrendo nas estradas”. “Nós não teríamos pessoas desassistidas de esperança porque não têm acesso à boa formação. A corrupção é uma vergonha para nossa nação. A corrupção é um opróbrio para o Brasil. A corrupção é uma doença endêmica e sistêmica que está minando as forças e roubando a esperança desse país. Nós precisamos dizer um basta à corrupção. Nós precisamos virar essa página vergonhosa da nossa nação. Nós precisamos de leis mais firmes, mais robustas, que punam os corruptos e os corruptores exemplarmente, para que a maneira como se lida com isso, a falta de rigor no exercício e na aplicação da lei não venha a estimular esse crime que está matando, enfraquecendo, adoecendo a nação brasileira”, acrescentou.