8 de janeiro de 2016
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Foto: Rede Acontece
As mensagens obtidas pela Operação Lava Jato com a apreensão do celular do expresidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, conhecido nos meios empresarial e político como Léo Pinheiro, devem servir de base para gerar uma nova lista de investigados a ser encaminhada pelo procuradorgeral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. Ao menos três ministros da presidente Dilma Rousseff aparecem nos diálogos obtidos na investigação: o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT); o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva (PT); e o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Nesta quintafeira (7), foram reveladas mensagens de Pinheiro em que Jaques Wagner fala sobre a liberação de recursos do governo federal.
A avaliação preliminar é de que as conversas de Léo Pinheiro escancaram os “intestinos de Brasília” e relações “pouco republicanas” de políticos com empresários na capital federal. Léo Pinheiro tinha acesso a praticamente toda a classe política, de acordo com a investigação. Caberá ao grupo que auxilia Janot decifrar, nas próximas semanas, os supostos esquemas mencionados nos diálogos obtidos e identificar o que pode ser enquadrado como indício de crime, casos em que devem ser feitos pedidos de abertura de inquérito.