8 de janeiro de 2016
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Foto: Rede Acontece
O Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), conhecido como a inflação oficial do país, ficou em 0,96% em dezembro, fechando o ano de 2015 em 10,67%, a maior taxa desde 2002, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (8). Considerando apenas o mês de dezembro, o avanço de preços também é o mais alto em 13 anos, quando o IPCA do período chegou a 2,10%. Esse resultado indica que a inflação fechou bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central para o ano. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central para 2015 e 2016 é de 4,5%, mas, com o intervalo de tolerância existente, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. Em 2014, o índice havia avançado 6,41%.
Custo de vida ainda mais caro – O que mais pesou no bolso do brasileiro no ano passado foi o aumento de preços dos alimentos e das bebidas. De 8,03% em 2014, a taxa subiu para 12,03%. Não foi o aumento mais forte entre todos os tipos de gastos analisados pelo IBGE, mas seu peso é o maior no cálculo do IPCA. Gastos com habitação também subiram bastante: de 8,8% para 18,31%. Depois desse grupo vem o de transportes, que registrou forte avanço: de 3,75% em 2014 para 10,16%, no ano seguinte. De acordo com o IBGE, o maior impacto do ano na análise individual dos itens – não dos grupos – partiu da energia elétrica e dos combustíveis. A conta de luz do consumidor brasileiro ficou, em média, 51% maior que em 2014. São Paulo e Curitiba aplicaram os maiores reajustes, de 70,97% e 69,22%, respectivamente. Com o aumento do preço da gasolina autorizado pela Petrobras no início de setembro, o reajuste no valor dos combustíveis chegou a 21,43%. A gasolina, especificamente, subiu 20,10% em média – um pouco abaixo do avanço médio do custo do etanol, de 29,63%. Previsões – O resultado ficou próximo do previsto pelos economistas do mercado financeiro, que estimavam para o ano uma taxa de 10,72%, segundo o boletim Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central. (G1)