9 de julho de 2016
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FOTO BRUMADO ACONTECE
Ministra aposentada do (STJ), Eliana Calmon ressaltou a atuação do juiz Sérgio Moro à frente da Operação Lava Jato. Em entrevista à rádio Metrópole, Calmon afirmou que as intervenções eram ‘mais que necessárias para conter a sangria do desvio de dinheiro público’. “A minha opinião é a mesma do povo, alguma coisa precisava ser feitas para acabar com a impunidade nesse país. Veio a delação premiada, o juiz ter mais liberdade na condução dos processos, nós estamos em um novo patamar. Por mais que se diga que Moro está extrapolando, ele tem os limites dados pelo STF. Está tudo certo”, defendeu nesta sexta-feira. A ex-ministra lembrou ainda que é favorável a prisão de condenados na Lava Jato após julgamento da segunda instância. “Os fatos só são analisados depois da primeira e segunda instância. A prisão após se constatar que houve crime e responsabilidade é fato, vai se discutir apenas quantitativo de pena. Se nós formos observar, quem recorre pra chegar ao STF é quem tem recursos para chegar até lá, nós estamos favorecendo a impunidade quando isso acontece. Existem os meios adequados através da medida cautelar, o STF, o ministro Barroso [Luís Roberto Barroso] fez um levantamento dos recursos e apenas em 68% [dos casos] houve mudança de entendimento condenatório, apenas 2% dando razão a defesa. Pelo que existe aí, a manutenção da Constituição é uma demasia e só favorece a impunidade. Quem defende isso são os grandes escritórios e quem foi condenado pela Lava Jato e estão com medo”, argumentou