12 de julho de 2016
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Em julho de 2013, quando o Programa Mais Médicos foi lançado pelo governo federal com apoio da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a cobertura da Atenção Básica na Bahia era de cerca de 60%. Três anos após o início do programa, o atendimento de Saúde da Família já chega a cerca de 72% dos baianos, que contam com 3.353 Equipes de Saúde da Família. As informações dão da Sesab. Nesse período, a Bahia garantiu 1.432 médicos em 368 municípios, distribuídos nas periferias das grandes cidades, nos pequenos municípios, comunidades quilombolas, sertão baiano, entre outras localidades que nunca contaram ou não conseguiam fixar profissionais, além de nove polos de distritos sanitários indígenas. Caso o Programa Mais Médicos fosse interrompido, a cobertura da Estratégia de Saúde da Família na Bahia cairia de 72% para 45%. Se consideradas apenas a população indígena, assentados, periferia e áreas de difícil acesso, essa cobertura poderia beirar o 0%. Um exemplo de profissional que atua pelo programa, em uma comunidade de Sítio do Quinto, município do semiárido baiano, é a médica cubana Ivedt Piloto. Ela conta que, com o trabalho em equipe, conseguiu melhorar os indicadores de saúde da localidade onde atende. “Com nossos atendimentos, palestras e educação para a saúde conseguimos mudar o modo e estilo de vida da população para melhor. A gente acredita que neste tempo cumprimos as nossas expectativas”, afirmou a médica, que também destacou ter feito muitas visitas domiciliares durante o seu trabalho. Em Feira de Santana, maior cidade do interior baiano, a médica mexicana Rosa Isela Delgado avalia que o programa é uma boa estratégia para melhorar a saúde com efeitos a curto e longo prazo. “Tive resistência no início na comunidade que atendo, que fica na periferia de Feira de Santana, mas já tenho conseguido realizar meu trabalho e até agora a maioria da população gosta do atendimento
realizado”, conta.
Ela diz que, caso tenha a oportunidade, pretende continuar atuando no programa. “Acho que tenho feito o que corresponde com a finalidade de solucionar os problemas de saúde no primeiro nível de atenção”. Com menos tempo no programa, mas não com menos dedicação, a médica brasileira Cláudia Teixeira atua no município de Catu. Ela acredita que uma das vantagens de atuar no Mais Médicos é a segurança quanto à forma de contratação. “A gente tem mais segurança do ponto de vista do vínculo empregatício”, afirma. Uma das pacientes dela é Nadjane Rodrigues de Almeida, que disse que antes era difícil conseguir uma consulta. “Agora ficou melhor. O programa facilitou o acesso ao atendimento. Procuro a médica e ele me dá todas as orientações”, diz. O secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, aponta que esse é um programa muito importante para a expansão da cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “Antes tínhamos dificuldade de levar a assistência médica aos rincões mais distantes do interior. Agora temos a possibilidade de garantir a presença de um médico todos os dias de semana em diversos municípios que antes eram desprovidos de cobertura assistencial médica”, finaliza.