11 de agosto de 2016

Sem categoria

Estado brasileiro deve aos cidadãos um melhor judiciário, diz Luiz Viana

Nesta quinta-feira (11), quando é comemorado o Dia do Advogado, o presidente da OAB da Bahia, Luiz Viana Queiroz, publicou um artigo no jornal A Tarde, convidando os colegas a fazerem uma reflexão sobre a atual situação da advocacia baiana e as dificuldades no exercício da profissão. Em seu argumento, Viana pede que a categoria se una na luta pela melhoria da Justiça baiana e pela resolução das crises da Justiça estadual e trabalhista, que, segundo ele. Confira abaixo o artigo na íntegra: “Nesta quinta-feira, 11 de agosto, comemoramos o Dia do Advogado. Assim como eu, o colega ou a colega que me lê agora já deve ter se perguntado: o que temos mesmo a comemorar neste dia? Essa pergunta é muito bem vinda, pois, nesta data, é preciso, mais do nunca, que sejamos capazes de refletir criticamente sobre a atual situação da advocacia baiana e sobre as enormes dificuldades que enfrentamos no exercício da profissão. É preciso também renovar nosso compromisso com a luta diária pela melhoria da Justiça baiana, pela desejada transformação do quadro que vemos cotidianamente, em nossa militância na advocacia, com a barriga no balcão dos inúmeros cartórios que visitamos. É preciso perseguir uma mudança que é difícil, mas não impossível, e que só se dará com o nosso trabalho conjunto, com a nossa união. O estado brasileiro deve aos cidadãos um melhor judiciário estadual e trabalhista. À crônica falta de recursos da Justiça estadual, por vezes apontada como a pior do Brasil e tentando sair de sua maior crise nos últimos 30 anos, soma-se agora a crise aguda na Justiça do trabalho, com o absurdo corte orçamentário do governo federal. Tais crises deixaram de ser problema apenas dos tribunais, da magistratura ou do funcionalismo, ambas atingem diretamente a cidadania e a advocacia baianas. Haveremos de resistir e de superar o inferno que se tornou advogar na Bahia, mas, para isso, temos que continuar denunciando o caos do Judiciário. Temos que continuar enfrentando todo tipo de violação de nossas prerrogativas em cada canto desse estado e continuar dizendo a cada autoridade violadora que nossas prerrogativas são inegociáveis. E temos que resistir aos que gostariam de acabar com a OAB. Só assim poderemos festejar com justiça o mês da advocacia, comemorando o que realmente nos dá sentido, sem falsear a dureza da realidade que nos envolve. Até lá, comemoremos, pois, a nossa coragem e a nossa disposição para a luta, lembrando que o grande Sobral Pinto já nos disse que “a advocacia não é profissão para covardes”.

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