23 de agosto de 2016
Sem categoria
FOTO BRUMADO ACONTECE
Na largada da primeira campanha municipal com proibição de doações de empresas, os partidos abriram os cofres para socorrer os candidatos. As primeiras prestações de contas publicadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que as direções nacionais e estaduais das legendas distribuÃram R$ 16,6 milhões em recursos públicos, oriundos do Fundo Partidário, a 220 candidatos a prefeito e a vereador. Essa distribuição foi altamente concentrada: apenas 23 candidatos receberam 3 de cada 4 reais do dinheiro que saiu do Fundo Partidário. Com recursos limitados, as siglas estão canalizando as doações para os candidatos que consideram mais importantes, ou que têm mais chances de vencer. O poder nas máquinas partidárias também influencia na distribuição das verbas: detentores de cargos eletivos, como deputados e candidatos à reeleição, praticamente monopolizam os recursos do fundo. No ranking dos doadores, o PRB aparece em primeiro lugar, com R$ 3,758 milhões. A maior parte desse dinheiro foi direcionada para seus candidatos no Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente Marcelo Crivella (R$ 1,145 milhão) e Celso Russomanno (R$ 750 mil) – que lidera as pesquisas de intenção de voto na capital paulista. A seguir estão o PR, que repassou R$ 2,69 milhões, o DEM (R$ 2,105 milhão) e o PSDB (R$ 2,043). O PT, lÃder em arrecadação nas eleições mais recentes, encaminhou apenas R$ 590 mil do Fundo Partidário a seus candidatos até o momento, o que o deixou na nona colocação no ranking.