A Lava Jato abriu nova frente de investigação e agora mira o antecessor de Paulo Roberto Costa na Petrobras, Rogério Manso. Apontado por delatores como um nome do PSDB na estatal, Manso também teria atuado, segundo a PolÃcia Federal, na captação de dinheiro para a campanha do então candidato a governador e atual secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jaques Wagner (PT). Manso é acusado de participar de um esquema de pagamento de propinas na área de compra e venda (trading) de combustÃveis e derivados de petróleo da estatal petrolÃfera. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, na portaria que determinou a abertura do inquérito, a PF apontou a suspeita de pagamento de propinas ‘em data inicial possivelmente anterior ao ano de 2004 e que se seguiu possivelmente até 2012′. As citações a Manso surgiram nas delações premiadas de outro ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, da área Internacional, e do ex-senador e também ex-diretor da estatal DelcÃdio Amaral. Os dois afirmaram que a área de trading era um ‘terreno fértil para ilicitudes’, pois os preços poderiam variar artificialmente gerando uma ‘margem para propina’. Foi Nestor Cerveró que, em seu depoimento, disse que as propinas nos negócios de trading teriam financiado também a campanha de Jaques Wagner em 2006. Na versão do delator, Manso teria continuado a ter influência na área de trading até 2007 e teria sido o responsável por coordenar ‘informalmente’ a captação do dinheiro para a campanha do petista.