A operadora de telefonia TIM Brasil, subsidiária da Telecom Italia, encerrou o ano de 2016 com uma queda de 8,9% nas receitas, que chegaram a R$ 15,6 bilhões, e de 39,8% no lucro lÃquido normalizado, que ficou em R$ 750 milhões. Apesar dos dados negativos, o balanço da empresa sinaliza um percurso de melhora em seus resultados. Considerando apenas o quarto trimestre, a receita lÃquida foi de R$ 4,04 bilhões, uma queda de 1,7% em relação ao mesmo perÃodo do ano passado. Contudo, nos três meses anteriores, a redução havia sido de 5,3%. Recentemente, a Telecom Italia trocou o comando da operadora, substituindo o presidente Rodrigo Abreu por Stefano De Angelis. Além disso, a companhia brasileira pretende apostar cada vez mais no segmento de dados e de serviços digitais “inovadores”. Seu objetivo é chegar ao fim de 2017 com mais de 2 mil cidades no paÃs atendidas por sua rede 4G – atualmente, a cobertura da TIM atinge 1.255 municÃpios. “Ainda não estamos satisfeitos com a variação negativa ano sobre ano, mas a atual dinâmica nos levará a um campo positivo brevemente”, declarou De Angelis nesta sexta-feira (3), durante uma teleconferência de apresentação de resultados. A empresa também tem focado no fortalecimento de sua base de valor, com o aumento da receita média de cada usuário, que cresceu 9% no quarto trimestre de 2016 e chegou a R$ 19,2 por cliente. Já a fatia de consumidores pós-pagos em sua base encerrou o ano em 23,5%, o maior valor em nove anos. As “receitas inovativas” – serviços de valor agregado sem SMS – cresceram 20,5% em 2016 e bateram na marca de R$ 5,6 bilhões. “Chegamos em 2017 com uma grande oportunidade fortemente baseada na tecnologia 4G”, ressaltou o presidente da operadora. Futuro – A TIM Brasil também apresentou um novo plano industrial para o triênio 2017-2019, que prevê R$ 12 bilhões em investimentos – sendo R$ 4 bilhões neste ano – e o alcance de 95% da população por sua rede 4G ao fim desse perÃodo. Além disso, a empresa pretende atingir 3 milhões de domicÃlios em São Paulo e Rio de Janeiro com sua ultra banda larga fixa, obter 25% de participação nas receitas do mercado e ter mais de 35% de clientes pós-pagos em sua base de consumidores até 2019. “Atuaremos ainda mais no fortalecimento do segmento pós-pago, mas também asseguraremos a liderança no pré-pago”, garantiu De Angelis.