Uma das principais apostas do presidente Michel Temer para combater a crise econômica, a reforma da Previdência será votada na Câmara de Deputados e o peemedebista fez um apelo durante o jantar com líderes da base aliada no Congresso, na última segunda-feira, para que o texto seja mantido ao máximo. Em conversa com a Tribuna, porém, o senador Otto Alencar afirmou que os parlamentares não estão de acordo com a proposta de subir para 49 anos o tempo de contribuição para a aposentadoria integral e o texto não deve ser aprovado.“Pelo que eu li da matéria que foi encaminhada para a Câmara, vai ser muito difícil a aprovação da reforma da Previdência. O governo disse que não vai modificar, e se não modificar não vai passar na Câmara, e muito menos no Senado. A contribuição de 49 anos para ter a aposentadoria integral para o trabalhador brasileiro é completamente inviável. Essa reforma tem que ser analisada do ponto de vista do trabalhador de gabinete, do trabalhador braçal, da construção civil, da construção pesada. Não é uma receita única. Até a expectativa de vida no Brasil hoje não é uniforme. Aumentar a idade para 65 anos tem que ser uma coisa que possa se adequar a uma atividade e outra não”, afirmou Otto.