A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que anule os depoimentos de delatores da Odebrecht, prestados na ação que apura abuso de poder econômico e polÃtico na campanha de 2014. Os advogados da petista alegam que não houve amplo direito de defesa e que as acusações dos executivos, entre eles o herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, extrapolam o objeto do processo, em curso há mais de dois anos. O pedido consta de documento de 212 páginas, no qual a defesa de Dilma apresenta as alegações finais no processo. O pedido para anular os depoimentos e, em consequência, as provas obtidas por meio deles, também foi feito pelos representantes do presidente Michel Temer, que foi vice da petista na chapa e assumiu o cargo efetivamente após o impeachment. A ação pode levar à cassação de Temer e tornar tanto ele quanto a antecessora inelegÃveis. Os advogados de Dilma reclamam que as acusações dos executivos da Odebrecht não constam dos procedimentos que suscitaram a investigação no TSE, o que violaria o devido processo legal. Além disso, queixam-se de que o ministro Herman Benjamin, relator do caso, indeferiu depoimentos de testemunhas elencadas pela ex-presidente, entre elas presidentes de partidos que, segundo os delatores, venderam seu tempo de TV para a chapa presidencial. Leia mais no Estadão.