O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta segunda (1º) que a empresa planeja relançar “nas próximas semanas” seu plano de venda de ativos, já com as modificações estipulavas pelo TCU (Tribunal de Contas da União). De acordo com o executivo, a nova versão do plano seguirá as diretrizes estratégicas do programa anterior, lançado em 2015, mas com alterações no modelo de negociações. “Queremos replicar em outras áreas, como o refino, a estratégia de parcerias que foi muito bem sucedida na exploração e produção de petróleo”, disse o executivo. Ele não quis, porém, adiantar quais ativos estarão na lista de venda -confirmando apenas a manutenção da BR Distribuidora, considerada uma das maiores possibilidades de receita. Parente explicou que, na nova modelagem de negociações, a Petrobras continuará mandando convites para eventuais interessados, mas publicará em seu site um prospecto sobre cada ativo à venda. Assim, qualquer empresa que tiver interesse poderá participar das negociações. Antes, participavam do processo apenas empresas convidadas pela estatal.O processo foi paralisado em dezembro, por determinação do TCU. Apesar da suspensão, Parente diz que a empresa manterá a meta de arrecadar US$ 34,6 bilhões ao final do programa -até o fim de 2015, foram US$ 13,6 bilhões.Parte dos processos, porém, está sendo questionada na Justiça. Em abril, por exemplo, a Justiça de Sergipe concedeu liminar suspendendo a venda à norueguesa Statoil da fatia da estatal na área de Carcará, no pré-sal. O negócio, de US$ 2,5 bilhões, foi aprovado pelo conselho da Petrobras no fim do ano passado e já havia sido autorizado pelos órgãos de defesa da concorrência.”Vamos ter que lutar para derrubar as liminares”, disse o executivo, que participa em Houston da feira de petróleo OTC (Offshore Tecnology Conference). Parente disse que a empresa ainda está avaliando as áreas que serão oferecidas pelo governo nos novos leilões do pré-sal e que ainda não pode dizer se terá participação nos leilões. Segundo a lei, a estatal tem direito de escolher em quais áreas quer ser operadora e ter participação mÃnima de 30%. Na semana passada, o CNPE (Conselho Nacional de PolÃtica Energética) deu um prazo de 30 dias para a empresa definir se que exercer o direito sobre as áreas da terceira rodada do pré-sal, que oferecerá quatro áreas no fim do ano.