28 de fevereiro de 2016
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Ter filhos não é só uma questão de saber educar e cuidar com amor e carinho. Uma casa com crianças exige certo grau de noções de administração. Sem ele, tudo vira um caos. A geladeira, de uma hora para outra, esvazia ou fica tão abarrotada que não é possível encontrar ali um alimento sequer que esteja no prazo de validade. Compromissos importantes como reunião na escola dos filhos e consultas médicas acabam sendo esquecidos ou – o que as vezes é ainda pior – lembrados na última hora. Os fins de semana viram um arremedo da correria que toma os outros dias só que, em vez de trabalho, você tem tantos eventos sociais que mal consegue descansar. Resultado: uma pilha de perdas e muito, muito cansaço. “Uma rotina desorganizada é sinônimo de desperdício, no mínimo, de dinheiro e tempo”, diz Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coach. Para não cair nessa cilada, o segredo é ter o mínimo de planejamento. E existe até receita para isso. Segundo da Matta, o ideal é estabelecer metas de médio (entre 3 e 5 anos) e longo (entre 5 e 10 anos) prazo e dividir as tarefas do dia a dia em cinco grupos diferentes, visando atingi-las. Considere como objetivos desde uma nova posição em sua carreira até a conquista de ter formado crianças íntegras e com excelente nível de instrução.
Veja abaixo a divisão dos grupos de ações descritas pelo coach: Prioridades pessoais e profissionais: Tratam-se de tarefas que são imprescindíveis para que você atinja seus objetivos pessoais. Ou seja, se você pretende ser promovida, por exemplo, pode ser interessante fazer um MBA. Coisas assim devem caber na sua rotina, mas não precisam tomar mais do que uma hora diária. Prioridades para a família e amigos próximos: Fazem parte deste grupo aquelas tarefas que têm impacto a médio e longo prazo na vida de quem amamos: os filhos, o marido, os pais e os amigos mais caros. Quer exemplos do que seria? Sentar para brincar com os filhos e transmitir valores a eles; ir ao supermercado com as crianças e aproveitar para ensinar algo (o nome das frutas, cálculos de matemática ou simplesmente bons modos em público); fazer um almoço para seus pais; sair a sós com o maridão e reafirmar os vínculos do casamento. Você também não precisa gastar mais do que uma hora diária com este tipo de tarefa. Atividades boas, mas não imprescindíveis: Neste grupo, está tudo aquilo que nos proporciona prazer imediato, mas não traz grandes benefícios para o futuro. Exemplos: ir a uma happy hour despretensiosa, bater perna no shopping, assistir à novela. “Esse tipo de programa só deve ser feito quando as prioridades estiverem concluídas”, explica Villela da Matta. Delegáveis: Aqui estão aquelas tarefas chatas, necessárias, mas que não precisam ser feitas necessariamente por você. O supermercado é um clássico. Você pode muito bem pedir para que seu marido ou sua empregada faça as compras ou decidir solicitar tudo pela internet. Assim você reserva seu tempo para os outros grupos de ações. Elimináveis: Ou seja, tudo aquilo que não serve para nada, nem para o prazer momentâneo, nem para conquistar objetivos futuros. O tempo perdido no congestionamento ou em deslocamentos inúteis são dois bons exemplares delas. Quando não for possível simplesmente deixar de fazer esse tipo de ação, Villela aconselha a revertê-las em atividades positivas. Uma ideia é usar o tempo do trânsito para ouvir um audiobook ou esperar o pior passar em uma academia perto do trabalho.