Assim como fez em 2015, quando escolheu a segunda colocada na lista tríplice da eleição do comando do Ministro Público da Bahia, o governador Rui Costa (PT), indagado pelo BNews sobre como procederá na escolha do procurador chefe do órgão neste ano, o político não deu garantias de que escolherá o nome mais votado entre os promotores baianos. Naquele período, os nomes mais votados foram o de Pedro Maia, que obteve 277 votos, seguido de Ediene Lousado (270) e Márcio Fahel (244). Ediene ficou com o cargo. Atualmente ela tenta reeleição para função no pleito que acontece neste ano. Para justificar a medida, Rui evocou a Constituição. “Em 2015 eu tive a oportunidade de fazer a escolha e não escolhi o mais votado. Eu posso escolher qualquer um: o primeiro, o segundo ou terceiro. Eu entendo que a constituição delega ao chefe do poder Executivo o arbítrio de escolher entre os três mais votados e eu vou fazer essa escolha. Eu acho que se a Constituição não quisesse essa escolha tinha colocado lá: será eleição direta e o mais votado toma posse. Não é isso que tá escrito. O governador pode escolher. Quando vier o resultado até a mim, eu vou ter um prazo para definir, refletir e tomar a decisão”, disse em Itaparica durante conversa com a imprensa nesta
A eleição deste ano está marcada para o dia 19, na sede do MP no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. Concorrem para o cargo Alexandre Soares Cruz, Ediene Lousado, Pedro Maia Souza Marques e Aurisvaldo Melo Sampaio.
OUTROS PLEITOS – A escolha de Rui difere da prática do seu antecessor, Jaques Wagner (PT), na última eleição do MP quando o pré-candidato a senador esteve a frente do Palácio de Ondina. Em 2012, Wagner escolheu Wellington César Lima e Silva para a função. Naquele período o procurador foi o mais votado da lista tríplice para chefiar o Ministério Público baiano.