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15 de fevereiro de 2018
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Conheça o brasileiro finalista do “Nobel da Educação”

Imagem Reprodução

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Aos 30 anos – 14 destes dedicado à Educação -, Diego Mahfouz Faria Lima é um dos 10 finalistas do Global Teacher Prize (“Prêmio Professor Global”, em tradução livre), considerado o “Nobel da Educação”. O trabalho que leva Diego a Dubai no próximo mês para a premiação foi realizado em 2014, como diretor da Escola Municipal Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto (SP). Em 2015, o gestor foi reconhecido com o Prêmio Educador Nota 10 e eleito Educador do Ano, pela mesma premiação. “Fui parar por acaso na Educação e acabei me encontrando nela. Estar entre os finalistas de um prêmio mundial é algo que eu nunca imaginei”, diz. A trajetória do acaso, logo mostrou que ele estava no caminho certo. “Comecei a fazer estágio na Educação porque o curso dava uma bolsa de estudos equivalente a um salário mínimo e a nossa situação na época estava difícil. Minha mãe estava doente e meu pai desempregado”, relembra o diretor. Como gostava de estudar – um incentivo que vinha muito forte da mãe -, Diego, aos 16 anos, não pensou duas vezes para se inscrever no curso. Mesmo com o falecimento da mãe durante seu primeiro ano e com o novo emprego do pai, ele seguiu os estudos para manter a cabeça ocupada. Foi quando Diego começou o estágio que mudaria pra sempre sua relação com a Educação. “Fiquei encantado ao ver as crianças chegando, no que é hoje o antigo pré, sem saber ler e saindo de lá alfabetizadas. Aquilo me despertou para a área”, recorda. Após concluir o magistério, Diego foi cursar Pedagogia em uma rotina que envolvia trabalhar em duas escolas, uma em cada cidade, e fazer faculdade numa terceira. “Era muito puxado. Os meus dias começavam às 4h da manhã, pegando três ônibus pra chegar na primeira escola, e eu só voltava para casa meia noite”. Ao ser chamado para assumir aulas do 5o ano na prefeitura de São José do Rio Preto, a cidade em que morava, Diego também decidiu se inscrever para o programa Mais Educação em uma escola vizinha à que lecionava. “O programa existia, mas não funcionava. Eram diversos problemas administrativos e de prestação de contas. A comunidade não participava das A mobilização de Diego para resgatar o programa e o resultado deste trabalho, rendeu a ele o convite para assumir a coordenação pedagógica de uma outra escola. Com o afastamento por saúde da diretora, o Educador Nota 10 mostrou que era capaz de gerenciar tanto o pedagógico quanto o administrativo com maestria. Logo um novo convite apareceu: a vice-direção de uma das piores instituições de ensino básico da região. As manchetes dos jornais eram desanimadoras… alunos com armas, tráfico pelos buracos do muro da escola, violência. “A secretaria já tinha oferecido o cargo para outras pessoas, mas ninguém tinha aceitado. Fui conhecer a escola e fiquei horrorizado com a situação. Achei que o desafio era muito grande para mim e que seria melhor continuar onde estava”, relata. Ao mesmo tempo, na volta para casa, uma frase repetida por ele muitas vezes ao longo da faculdade não saía de sua cabeça: “Eu sempre disse que queria fazer algo que tivesse um grande impacto na Educação”. Aquela poderia ser uma oportunidade. E, assim, Diego partiu para o novo desafio. (Nova Escola)