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10 de abril de 2018
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Saiba como era a higiene no Palácio de Versalhes no século 17

Foto Reprodução

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No século 17, uma teoria provada pela medicina da época, acreditava que a água era ruim para a saúde porque deixava os poros abertos e o corpo mais vulnerável às doenças. O rei Luís XIV da França foi um dos adeptos desse (mau) hábito e só tomava banho quando o médico mandava. No dia a dia ele se limpava apenas com um pano com água, álcool ou até mesmo saliva. Ele ficou conhecido, entre outros feitos, como um dos reis mais sujos da história da França. Luis XIV teve inúmeras doenças: escarlatina e sarampo quando criança ; blenorragia (gonorreia) e sarna quando adolescente; febre tifoide, fortes enxaquecas, dores no estômago, crise de gota e fístula anorretal quando adulto. Para completar o quadro, tinha todos os dentes inferiores estragados e um único dente superior. Acredita-se que Luis XIV deva ter tomado de 2 a 5 banhos ”inteiros” durante os seus 77 anos de reinado (morreu em 1715, de gangrena nas pernas). O banho completo, como nós conhecemos, era realizado pela corte uma vez por ano e olhe lá. E quando ocorria, toda a família tomava banho no mesmo dia e usando o mesmo barril de água. A ordem para o banho era a seguinte: primeiro o pai, depois a mãe, em seguida os filhos, sempre do mais velho para o mais jovem. O último, provavelmente, já pegava uma água no mínimo turva. Nesta época, também não existia escova nem pasta de dente. As pessoas faziam a higiene bucal com água e um pedaço de pano. A população também fazia uso de ervas para amenizar o mau hálito e depois enxaguava a boca com água gelada para liberar

Com relação às roupas, as pessoas só as trocavam quando elas já estavam infestadas de pulga, traça e percevejo. E caso fosse trocada a roupa, não era necessário o tomar banho. Em resumo: para ser considerado limpo no século 17, bastava lavar as mãos e o rosto e pronto.

Necessidades fisiológicas

As necessidades fisiológicas era feitas em penicos que ficavam no quarto das pessoas e os resíduos eram constantemente despejados pela janela. A limpeza íntima era feita com folha de sabugo de milho ou feita com a própria mão.

Para completar, foi realizado um decreto em 1715, instituindo que as fezes deviam ser recolhidas uma vez por semana.

Toda essa falta de higiene ajudou a propagar a epidemia da peste bubônica (ou peste negra) pela Europa, dizimando 1/3 da população do continente.