A recente alta do petróleo é motivo de comemoração para petrolÃferas e outras empresas que têm seu ganho atrelado à matéria-prima, e de preocupação para companhias aéreas, que sofrem com a perspectiva de que a alta encareça o combustÃvel que usam, elevando seus custos. A decisão dos Estados Unidos de deixarem o acordo nuclear com o Irã fez o petróleo subir 3% nesta quarta-feira (9), para US$ 77. No ano, o barril do Brent, negociado em Londres e referência internacional, acumula valorização de 15,5%. O WTI, dos Estados Unidos, sobe 17,9%. A alta da cotação da commodity se refletiu na forte valorização das ações da Petrobras e de outras petroleiras nesta sessão. Os papéis mais negociados da estatal dispararam 8,16%, para R$ 24,78. As ações com direito a voto tiveram desempenho ainda mais expressivo: alta de 10,02%, para R$ 27,22. “É natural que as petrolÃferas se beneficiem, porque são empresas cujas receitas estão atreladas ao preço do petróleo. Agora quem tem o petróleo e derivados como insumos tende a se prejudicar”, avalia Ronaldo Patah, estrategista de investimentos do UBS Wealth Management. Nesse bolo estão as companhias aéreas, cujos papéis se desvalorizaram nesta sessão: a Azul perdeu 6,32%, e a Gol despencou 9,85%, também afetada pela queda de 9,3% no lucro lÃquido no primeiro trimestre, para R$ 147,5 milhões. “Elas têm uma correlação com o custo com o óleo. São dois agravantes: o dólar para cima e petróleo para cima. O combustÃvel fica mais caro e é pago em dólar”, afirma Raphael Figueredo,