17 de março de 2016
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FOTO: BRUMADO ACONTECE
A presidente Dilma Rousseff defendeu seu poder como chefe republicana durante entrevista coletiva, na tarde desta quarta-feira (16), no Palácio do Planalto, ao anunciar a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil da Presidência da República. Dilma respondeu aos principais questionamentos da imprensa quanto à perda de poder, exigências de Lula e qual o papel dele na nova etapa do governo. A presidente afirmou que o convite se deu pelo papel importante que o ex-presidente teve durante os dois anos do seu mandato e os seis dela. “A vinda do presidente Lula para o Ministério é algo bastante importante por dois motivos: o primeiro é inequívoca a experiência do presidente. A segunda é o conhecimento do Lula sobre o país, as necessidades do país, o compromisso com políticas estratégicas que é necessário ter para que a gente tenha o desenvolvimento mais continental. A inequívoca experiência em políticas em geral, de infraestrutura e social. Será um grande ganho para o meu governo”, afirmou. Dilma criticou setores da imprensa ao dizer que ‘tentam separa-la’ do
“Eu vou até rir [com a pergunta]. Tenho cinco anos de governo e vocês tentam me separar do Lula. A minha relação com Lula não é uma relação de poder ou subpoder, é uma relação de quem constrói um projeto. Lula terá os poderes necessários para me ajudar e ajudar o Brasil”, considerou. Sobre a ida do ex-presidente para lhe garantir foro privilegiado, Dilma criticou severamente. “Vocês precisam ter cuidado com uma afirmação dessa. Por trás dessa afirmação há uma suspeita no Supremo Tribunal Federal. A ida de um presidente, ministro, ou deputado não significa que ele não será investigado, mas por quem é investigado. Por trás dessa firmação de se esconder seria uma desconfiança do Supremo? Por que?”, retornou a pergunta aos jornalistas. Em relação à dúvidas do ex-presidente em aceitar o cargo, Dilma explicou que a decisão foi tomada desde ontem, mas a principal procupação de Lula era em relação à oposição. “O presidente Lula tinha dúvidas se deveria ou não assumir, mais ligadas à situação do confronto com a oposição do que este tipo de questão [decisões do STF]. Acho que essas dúvidas foram integralmente superadas”, atestou. Se novas mudanças nos ministérios foram solicitadas por Lula, Dilma negou. ““Nem o ministro Nelson [Barbosa, da Fazenda] ou [Alexandre] Tombini vão sair. Eles estão mais dentro do governo que nunca, tem coisas um pouquinho acima do noticiário especulativo. Não se admite essa especulação, isso cria turbulência na economia”, declarou.