De preterido na Bahia a desejado em composição nacional para Presidência da República. Em menos de um mês, o PSB baiano viu o instável jogo político virar e desenhar um cenário que lhe dê um pouco de honradez na cena eleitoral que se aproxima.
Aliada ideológica por anos ao governo do PT no Estado, a senadora Lídice da Mata perdeu espaço para o PSD na chapa do governador Rui Costa (PT) e entrará na corrida para ser deputada federal. Isso, se não prosperarem as movimentações nacionais que colocam seu nome para ser vice na chapa presidencial de Ciro Gomes (PDT) ou ainda candidata própria do PSB – que até meses atrás sonhava em ter o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa como postulante ao Planalto.
Em entrevista ao programa Fato e Opinião, publicado nesta quinta-feira (19), o primeiro secretário do PSB Bahia, Rodrigo Hita, avaliou que a menção de Lídice na esfera federal “envaidece” os socialistas baianos, mas ponderou que as tratativas estão, por ora, dedicadas à pré-candidatura de deputada federal.
“O nome ser lembrado pelo partido nacional é muito bom, mostra a força que ela tem e [mostra] até um certo erro do que aconteceu aqui na Bahia, mas a princípio Lídice é pré-candidata a deputada federal. Estamos fazendo viagens já, reunindo, reaglutinando forças porque uma coisa é eleição de Senado e outra coisa é eleição de deputada federal. Então, nós estamos reaglutinando forças, reaglutinando gente. Estamos trabalhando com essa intenção de pré-candidatura a deputada federal […] Lembrada pelo partido como um nome que pode organizar e puxar os quatro governadores do partido…isso envaidece”.
Segundo ele, uma proposição do diretório baiano foi aprovada no último congresso nacional do PSB para que o partido apenas apoiasse candidatura nacional de centro-esquerda ou que tivesse candidatura própria, afastando assim a possibilidade de alinhamento com a pré-candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB).