Apesar da aparente tranquilidade dos candidatos a deputado do grupo do governador Rui Costa (PT), uma exigência feita pela coordenação de sua campanha causou um alvoroço sem tamanho entre eles. Foi a decisão de cobrar recursos do fundo partidário de cada um dos candidatos para financiar a produção do programa eleitoral do petista.
Pelo combinado, cada deputado federal vai disponibilizar R$ 100 mil, os deputados estaduais que são candidatos a federal, R$ 50 mil, os candidatos a federal, R$ 20 mil, os estaduais candidatos à reeleição, R$ 20 mil, e os candidatos a deputado estadual sem mandato, R$ 10 mil.
A contribuição, com seus respectivos valores, foi acertada durante uma reunião do Conselho Político do governador, há cerca de 15 dias, e ao ser relatada pelos presidentes de partidos que compõem a base a seus respectivos parlamentares, causou um furdunço e tanto.
A grita maior foi entre os candidatos à Assembleia Legislativa, deputados ou não, que se queixam de não estarem recebendo absolutamente nada do fundo eleitoral para suas campanhas pelos partidos, que priorizaram a eleição de bancadas na Câmara, fonte principal de sua força política.
Eles argumentam que, por este motivo, não têm tido acesso a recursos do fundo partidário e não fazia sentido desembolsar dinheiro para ajudar na campanha do governador. Muitos chegaram a alegar que o adversário José Ronaldo, candidato do DEM ao governo, não tem agido da mesma forma com os candidatos a deputado de sua coligação.
Apesar dos protestos, no entanto, não houve jeito e o governador vai receber o dinheiro. “Estamos mesmo no fim do mundo. Onde já se viu deputado sustentar campanha de governador, meu Deus?”, questiona um deputado, com cara de horror, ao Política Livre.